É que a canseira vai subindo sem parar
E no sertão que é fogo só me resta caminhar
E pó que é pó não sobe, só rasteja pelo chão
O sopro é o que levanta e me carrega pela mão
Sou barro tão solto, sou terra varrida

É largo o rio que serpenteia ao meu redor
É cheio o poço pra regar de vida quem é pó
Ferida foi a rocha pra verter a salvação
É água doce e pura pra moldar quem é torrão

Me rega a vida a rocha ferida
Sou barro tão solto, sou terra varrida

Me rega a vida a rocha ferida
Sou barro tão solto, sou terra varrida

Me rega a vida a rocha ferida
Sou barro tão solto, sou terra varrida

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