1. 1

    Paulo Peres - Bate-estaca

  2. 2

    Paulo Peres - Dedicatória

  3. 3

    Paulo Peres - Parabéns, Jesus Cristo!

  4. 4

    Paulo Peres - Alcova

  5. 5

    Paulo Peres - Alvitre

  6. 6

    Paulo Peres - Atabaque

  7. 7

    Paulo Peres - Avesso: Poeta e Poesia

  8. 8

    Paulo Peres - Bares da Vida

  9. 9

    Paulo Peres - Camponesa

  10. 10

    Paulo Peres - Carnaval Em Soneto

  11. 11

    Paulo Peres - Carroça Na Frente do Povo

  12. 12

    Paulo Peres - Carta

  13. 13

    Paulo Peres - Cartilha

  14. 14

    Paulo Peres - Caterina

  15. 15

    Paulo Peres - Colcha de Retalhos

  16. 16

    Paulo Peres - Cotidiano

  17. 17

    Paulo Peres - Ela, Enfim

  18. 18

    Paulo Peres - Estou Sozinho

  19. 19

    Paulo Peres - Fada

  20. 20

    Paulo Peres - Feliz Ano Novo

  21. 21

    Paulo Peres - Flor do Asfalto

  22. 22

    Paulo Peres - Fuga

  23. 23

    Paulo Peres - Interior

  24. 24

    Paulo Peres - Jequitinhonha

  25. 25

    Paulo Peres - Lapa Imperial

  26. 26

    Paulo Peres - Legião Branca (Ou Seres Espaciais)

  27. 27

    Paulo Peres - Maria Mania

  28. 28

    Paulo Peres - Menina

  29. 29

    Paulo Peres - Meu Quarto

  30. 30

    Paulo Peres - Normalista

  31. 31

    Paulo Peres - O Circo

  32. 32

    Paulo Peres - O Ventre da Poesia

  33. 33

    Paulo Peres - Páscoa

  34. 34

    Paulo Peres - Pasmado No Ventre do Mundo

  35. 35

    Paulo Peres - Passagem

Avesso: Poeta e Poesia

Paulo Peres

Quando as asas da masmorra extrapolam a carga do tédio
E a nata da escória fere o stricto sensu da Justiça,
E da pedra germina o homo sapiens sem anestesia,
E da missão faz-se o poeta endêmico de venturas:
É tempo de resistir, é tempo de transmitir,
Voz e verso, ao chão que nos pisa

POESIA, descarrego ou magia?
Ouvidos surdos à própria boca
Suprema nudez vestida de estética frenética
Com o suave canto que Deus pelo Universo embalou:
Colóquio versado expelido dos braços do pensamento
Vivificando cada morte do câncer social

POETA, Ser indomável, abstrato absorto,
Mendigo tal o perfume do sonho, da utopia,
Livre arcabouço desprovido de preconceitos,
Que faz da vida um grito, imune à censura,
Quando do lixo constrói o luxo das palavras,
E delas o verso e deste o embrião das estrofes
Na simbiose Transcendente que o mundo embeleza
Seu Ego é um "tempo-espaço" algures,
Habitado alhures na metéria "Igualdade e Liberdade",
Onde tudo é branco e ecológico desde o negro?
Onde o "nada" é esotérico, mas fere a expressão
Como o "tudo", translúcido e opaco

POETA e POESIA, união da máquina ao sentimento
Para impor coerção aos dogmas radicais:
Amor, fidelidade e compreensão
Átimo eqüidistante da vida-passagem-saudade
Quando despidos de lógica
Na premissa irreverente do cantar,
Cujo teor à burocracia aposenta o anonimato
De crianças adultas e se transplanta
Aos discos-voadores, a prosopopéia e a sensibilidade,
Mostrando que todos são gente mutuamente:
Loucos, bêbados, mendigos, delinqüentes,
Prostitutas, viciados, artistas e magos
- Gotículas do arco-íris social,
Transpirando em versos o todo que são: resto!
Resto do silêncio escrito em gritos
Concretizando emoções!

AVESSO: energia do elo POETA-POESIA
Enquanto as chagas da desmistificação
Ostentarem o inexorável das bocas faladas
O verso será faca, será lágrima, será revelia
Dilacerando o "proibido" à contramão?
Enquanto o padrão não descarrilar
Cabeças imortais, mas vivas,
Que repelem interfases do todo - nós!
Os poetas gritarão à noite da emoção:
- Bom-dia!

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