Em uma rua escura do centro
Eu passeava até me deter
Diante de um lugar consumido pelo tempo
Que até o passado parecia esquecer
E na porta um cego gritava
Pra afastar quem ali chegasse
Que o local era mal assombrado
E maldito seria quem lá entrasse
Perguntei ao homem então o porquê de tal maldição
Aqui jaz, ele me disse,
A velha Disco Zeppelin
Que num incêndio em mil novecentos e setenta e quatro
Viu seus dias terem fim
Era um sábado de glória
Gente chegando sem par
Milionários e artistas famosos
Brigavam pra poder entrar
E eu sei que quem conseguia
Jamais sairia são
Não pelo incêndio
E sim pela diversão
Papaparapa Papaparapa
Quando o fogo se alastrou
Sob o som de kashmir
Ninguém parou de dançar
Ninguém pensou em fugir
E quem morreu nesta noite foi quem o porteiro escolheu
E como prêmio do diabo ficou cego e sobreviveu
E deste dia então quem aqui quiser entrar
Ouvirá os acordes macabros e os fantasmas a dançar...
