Vai moleque insolente
 
 Bota as pernas pra correr
 
 Se te pegam te apagam
 
 Já outrora te amaram
 
 Mas o ódio que se sente
 
 Faz a mente ensandecer
 
  
  Sai moleque abusado
 
 Que aqui não tem abrigo
 
 Se pensasse o quanto fala
 
 O quanto pesa a tua pala
 
 Não teria, desgraçado,
 
 Entregado outro amigo
  
 
 Se julgava quase deus
 
 E abusava do perdão
 
 Prejudicando um dos seus
 
 Vivendo assim vivia em vão
  
 
 Pegaram o moleque alcagüete num domingo
 
 E agora ele já não acha mais graça
 
 Pegaram o moleque com o sol já sumindo
 
 Beberam e brindaram, foi sangue e cachaça
  
 
 E se longe ‘inda estiver
 
 Impregnado de ilusão
 
 Compreenda se puder
 
 Vivendo assim morreu em vão