Banquete da Ilusão

Renan Andrade

Um dia eu acordei
De um sono tão longo
Profundo e desumano

No alto de um castelo
Sobre um trono dourado
Crânios e ossos por todo lado

Que estranho, tão estranho

É cada um por si e ninguém por ninguém
Um conto de fadas azuis
Falsa liberdade sobre um chão de algodão
No banquete da ilusão

Em um ambiente frio
Pessoas todas iguais
Se adorando em frente ao espelho

Ninguém ali sabia
De onde a comida vinha
Só queriam um pouco mais
Tanto faz, eu também quero mais

É cada um por si e ninguém por ninguém
Um conto de fadas azuis
Falsa liberdade sobre um chão de algodão
No banquete da ilusão

Um forte terremoto
Veio a destruir
As paredes do meu reino

Só então pude ver
Além daquele teatro
As pessoas e seres que estavam ali

Com trabalho sem fim
Sem nada no prato
Nem ter onde dormir

Só pra servir meia dúzia de reis
Que subiram nas costas de vocês

É cada um por si e ninguém por ninguém
Um conto de fadas azuis
Falsa liberdade sobre um chão de algodão
No banquete da ilusão

Mas agora eu acordei e agora eu tenho pressa
Acordei do pesadelo de uma vida desconexa
Eu vou me redimir e não vou ficar aqui parado

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