Aos trancos e barrancos, remendos e cacos 
 Chegamos as praias do terceiro milênio. 
 Com os pés feridos e sujos tocando de leve 
 o límpido oceano de Aquarius. 
    Com o enorme peso, o custoso fardo 
 da técnica sem ética da civilização 
 Num Mundo tão chato e moderno 
 atado por invisíveis teias e milhões de cabos.   
 Na mesma imagem, no mesmo som. 
 Na mesma moda, na mesma cor. 
 Na mesma tristeza, no mesmo sonho. 
 Na mesma burrice, no mesmo riso a mesma dor!   
 Perdemos todas as lições da História. 
 Em resumo: São vinte mil anos de guerras. 
 E em nome da tal liberdade 
 só fogueiras, cadeias, misérias. 
 E como é curta a nossa memória, 
 o que sabemos de lemúria e Atlantis? 
 E assim como os Impérios passaram 
 Passarão as nossas cidades.   
 E sobre a noite dos tempos, 
 a luz vigilante da estrela nos diz: 
 Se quem tem boca vai à Roma, 
 quem tem coração irá à Andromêda!   
 Eu sei de um lugar ao Norte do Cruzeiro do Sul 
 Do lado direito daquela estrela azul. 
 A Leste do Sol, Oeste da Lua 
 Guitarras e violinos cantam 
 Sai de casa vem brincar na rua 
 nas ruas deste grande País 
 O nome desse País reluz 
 O nome desse País: Amor 
 Quem pode dizer o nome desse grande País?   
 Terra, Agartha, Shamballa, Gaya, Shangrilá, Éden (2x)