Flor Destinada

Tiganá Santana

Ruas de contramão, sujas de inspiração
Bloqueando o que for
Não passando de dor
Supusesse seguir, se pusesse a sentir
O que sente meu vão quando se pisa ao chão

O sereno deságua na ideia
A pujança ferida da cor

Evocando-se o não
Sob cuja afeição modulei meu lavor
Foi o que nunca for
Transformá-lo ao mentir, e não há elixir
Ir de encontro à versão dado então pelo chão

O orvalho completa a azaléia
Mas secar é o destino da flor
O sereno deságua na ideia
A pujança ferida da cor

O sereno deságua na ideia

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