Quanto vale a lembrança
 
 No começo desprendeu
 
 E a dor que bate a porta
 
 No futuro se perdeu
 
 Pelo cheiro que procura
 
 Um vazio na imensidão
 
 Que se arrasta num eterno
 
 Carnaval de ilusão
 
  
  Disfarçando a loucura
 
 Se escondendo pra não ver
 
 Traficando fantasias
 
 Logo vai anoitecer
 
 E o escuro da floresta
 
 Desabou sobre esse chão 
 
 E o pouco que ainda resta 
 
 Um violão e um coração... Na mão
  
 
 A procura de uma alma
 
 No instante de descer
 
 De chegar algum caminho
 
 Torturado vai gemer
 
 E tem pouca vida escrita
 
 Da vontade e da razão
 
 Quando se perdeu se vista
 
 Mergulhou na podridão