Batendo Na Marca

Gonzaga Dos Reis

Venho no dorso do fim de semana
Dum frio que hermana das bandas do sul
Botei por cima a cela de prata
E meu poncho pátria de baeta azul
Saí num trote, batendo na marca
Na noite alta minha estrela guia
Mostrava os jogos de um surungo feito
Pra dar ao peito um pouco de alegria

Sou um gaúcho gaudério que anda
Sempre cantando para os pirilampos
Por isso minha legenda se agranda
Vivendo na solidão destes campos
Toque de gaita, canha e querendona
É o que alegra este índio monarca
Um taura xucro não se apaixona
Saio no baio batendo na marca

Um ar gelado vem do taquaral
No manancial cruzo de soslaio
Dizem que ali tem alma penada
Não é por nada, mas cutuco o baio
Eu tomo um trago lá no Chapadão
Bombeando o chão onde cravei a vida
Lembro dos tempos de xiru ventena
Gastei chilena sempre nessa lida

Sou um gaúcho gaudério que anda
Sempre cantando para os pirilampos
Por isso minha legenda se agranda
Vivendo na solidão destes campos
Toque de gaita, canha e querendona
É o que alegra este índio monarca
Um taura xucro não se apaixona
Saio no baio batendo na marca

Vou retrechar numa cordeona guapa
Virada em nhapa com gritos de gente
Um baile véio de arrancar parede
Pegou na rede logo ali na frente
Assim eu levo meu viver teatino
Um campesino não afrouxa tento
Monarca livre sem levar pelo
Deixo o cavalo ao favor do vento

Sou um gaúcho gaudério que anda
Sempre cantando para os pirilampos
Por isso minha legenda se agranda
Vivendo na solidão destes campos
Toque de gaita, canha e querendona
É o que alegra este índio monarca
Um taura xucro não se apaixona
Saio no baio batendo na marca

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