Paulo era um boiadeiro
 
 Que a sorte não ajudô
 
 Sua esposa morreu
 
 E uma filhinha ela deixô
 
 Com cinco ano de idade
 
 Que Terezinha ficô
 
 No futuro de sua filha
 
 O pobre Paulo pensô
 
 E pra ver ela criada
 
 Mais uma vez se casô
 
  
  Sua segunda mulher
 
 Ai por ele tinha paixão
 
 Um amor exagerado
 
 Foi a sua perdição
 
 O seu marido chegava
 
 Antes de lhe dar atenção
 
 Abraçava a Terezinha
 
 Com amor no coração
 
 A mulher foi implicando
 
 Com aquela situação
  
 
 O ciúme dessa ingrata
 
 Veja que ponto chegô
 
 Pra acabá com sua enteada
 
 Um plano ela imaginô
 
 Foi de cima de uma ponte
 
 E a menina ela empurrô
 
 Ficou muito satisfeita
 
 Quando o corpinho afundô
 
 Mas naquele mesmo dia
 
 O seu crime ela pagô
  
 
 Quando a noite foi chegando
 
 O medo lhe dominô
 
 E pra não ficá sozinha
 
 O seu cachorro ela chamô
 
 Pintado não atendeu
 
 Etão mais alto ela gritô
 
 No meio da mata escura
 
 Um soluço ela escutô
 
 Era um choro de criança
 
 Em Terezinha ela lembrô
  
 
 A mulher apavorada
 
 Dessa forma ela falô
 
 Terezinha já está morta
 
 O seu espirito vortô
 
 Correndo desesperada
 
 Lá na ponte ela parô
 
 Escutou outra vez o choro
 
 Dentro da água se jogô
 
 Morreu no mesmo lugar
 
 Onde seu crime praticô
  
 
 Quando o Paulo chegô em casa
 
 Sua filha ele abraçô
 
 Perguntô da sua mulher
 
 E Terezinha lhe contô
 
 Ela me jogou no rio
 
 Mas o Pintado me sarvô
 
 Eu vim pra casa chorando
 
 O cachorro me guiô
 
 Vi mamãe sair correndo
 
 E até agora não vortô