1. 1

    Ita Cunha - Madrugador

  2. 2

    Ita Cunha - Mango Carneador

  3. 3

    Ita Cunha - Potrilho, Potro e Pingaço

  4. 4

    Ita Cunha - Encilha

  5. 5

    Ita Cunha - Meu Chasque Não Tem Floreio

  6. 6

    Ita Cunha - Peão de Campo

  7. 7

    Ita Cunha - Pra Te Fazê Uma Visita

  8. 8

    Ita Cunha - Toco de Vela

  9. 9

    Ita Cunha - Gumercindo Saraiva

  10. 10

    Ita Cunha - Adeus, Florinda

  11. 11

    Ita Cunha - Ânsia de Baile

  12. 12

    Ita Cunha - Bota Pealo Bem Lindo

  13. 13

    Ita Cunha - Cancha

  14. 14

    Ita Cunha - Carneada

  15. 15

    Ita Cunha - Chê Amigo

  16. 16

    Ita Cunha - Crioula

  17. 17

    Ita Cunha - Dobradiça de Cancela

  18. 18

    Ita Cunha - Garoazita Galopeada

  19. 19

    Ita Cunha - INFÂNCIA

  20. 20

    Ita Cunha - No Posto do Passo

  21. 21

    Ita Cunha - Pataleio

  22. 22

    Ita Cunha - Pedro Pobre

  23. 23

    Ita Cunha - Princípio (part. Adriano Gomes)

  24. 24

    Ita Cunha - Resto de Interior

  25. 25

    Ita Cunha - Tapeando o Sombreiro

  26. 26

    Ita Cunha - Tranca Porteira

  27. 27

    Ita Cunha - Xote Macanudo

Toco de Vela

Ita Cunha

Morena, só peço um beijo
Só o silêncio e nada mais
Ansiei e ganhei um mundo
Que o mundo deixa lá atrás

Floreio, dor nas bordonas, bombeando pra lamparina
Se a lembrança sangra as horas pelo sonho que alucina
Que a luz que acendi, por mansa, ante à voz da inspiração
Comparou sua própria cena com as cenas de um coração!

Foi uma chama incontida, num toco gasto de vela
Feito lonjuras nascendo pra prisões de uma janela
Foi uma história indelével, presenciando o próprio fim
Clareando futuros tantos que eu sei que nem são pra mim!

Morena, só peço um beijo
Só o silêncio e nada mais
Ansiei e ganhei um mundo
Que o mundo deixa lá atrás

É doer antes das dores, é sangrar antes do corte
Não sorver destes momentos, que querem calar da morte
É fogo e tempo escasseando, queimando vela e pavio
Feito a ampulheta escorrendo, um castelo que já ruiu!

E a chama consome a cera, pintando rastros no toco
Onde a guitarra, insistente, me diz que só resta um pouco
Eu que era um viramundo, criei raízes sonhadas
Mas tombei flores e cerno por outra alma da estrada!

Despedidas inventadas um dia serão abraços
O aço, mais reforçado, se romperá em mil pedaços!
A estrada arranja as histórias, muito mais que o próprio fim
São paisagens que interessam pra um dia falar de mim!

E quem sabe o tempo apague o próprio pavio da lembrança
Ou pulse vivo, correndo, como artéria pras andanças!
Ilustrei o meu destino pra depois borrar da tela
Como pode tanta chama num toco, pouco, de vela?

Morena, só peço um beijo
Só o silêncio e nada mais
Ansiei e ganhei um mundo
Que o mundo deixa lá atrás

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