Sertão do Vale

Mariana Baltar

Não nasci no sertão nenhum, nonada!
Mesmo assim quero merecer sertão
Se roçado de algodão
Nuca foi da minha alçada
Trago aqui no coração
A saudade da invernada

Sendo assim piso a fulô no pó
Mesmo que seja fulô em pó.

Não cresci num verão mortal sem praia
Nem desci com meu matulão na mão
Das morenas do grotão
Nem rocei barra da saia
Mas em mim guardo a visão
De um jagunço na tocaia.

Quando então sou carcará sem dó
Mesmo que só carcará em dó.

No sertão choveu? sei não.
Meu sertão sou eu e só.

Valei-me meu joão
O tronco do juremá!
Valei-me meu joão
No som do zé caxangá!

Valei-me meu joão
Sanfona e forrobodó!
Valei-me meu joão
Sertão não decantará!

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