1. 1

    Nenito Sarturi - Um Pito

  2. 2

    Nenito Sarturi - Carreteiro

  3. 3

    Nenito Sarturi - Da pura cepa crioula

  4. 4

    Nenito Sarturi - Contrabando

  5. 5

    Nenito Sarturi - Definição do Grito

  6. 6

    Nenito Sarturi - Manhãs

  7. 7

    Nenito Sarturi - Mãos Abençoadas

  8. 8

    Nenito Sarturi - Poncho e Paz

  9. 9

    Nenito Sarturi - A Força Que Verte da Terra

  10. 10

    Nenito Sarturi - A Pena do Passarinho

  11. 11

    Nenito Sarturi - Acordes De Chamamé

  12. 12

    Nenito Sarturi - Caminheiros

  13. 13

    Nenito Sarturi - Chasque de Delegado

  14. 14

    Nenito Sarturi - Com a Pátria Na Garupa

  15. 15

    Nenito Sarturi - Mas Porque Tanto Imposto

  16. 16

    Nenito Sarturi - Milonga de Mil Colores

  17. 17

    Nenito Sarturi - Na Velha Estação

  18. 18

    Nenito Sarturi - Palavras Sonoras

  19. 19

    Nenito Sarturi - Peão De Tropa

  20. 20

    Nenito Sarturi - Polvadeira

  21. 21

    Nenito Sarturi - Pra você o melhor potro

  22. 22

    Nenito Sarturi - Prece

  23. 23

    Nenito Sarturi - Promessa

  24. 24

    Nenito Sarturi - Quando a Esperança Faz Fiador

  25. 25

    Nenito Sarturi - Quando as rocas se calam

  26. 26

    Nenito Sarturi - Romance do Pala Velho

  27. 27

    Nenito Sarturi - Sem Você Não Sou Feliz

  28. 28

    Nenito Sarturi - Última Lembrança

  29. 29

    Nenito Sarturi - Um Taura de Antanho

  30. 30

    Nenito Sarturi - Vanera da Restinga

  31. 31

    Nenito Sarturi - Velho Casarão

Quando a Esperança Faz Fiador

Nenito Sarturi

Quando o sol, no poente encarnado,
Já se enfurna pra banda oriental
Dando rédeas ao baio encerado
Também eu vou “mermando”, afinal.
Nesse instante de encanto e magia,
Em que a mente galopa pras timbas
É que a tropa das melancolias
Vem beber no cristal das cacimbas.

São duzentas cabeças de gado
Que tranqueiam pelo corredor,
Vou na “ponta” co’a fé no costado
E a esperança fazendo fiador.
São seis léguas do itu à estância,
São seis homens afeitos à lida,
São seis almas vencendo distâncias
E as agruras nos bretes da vida!

Êra boi... Êra boi...
Da culatra se ouve o apelo,
Da vanguarda o mugir do sinuelo,
Os resmungos são do capataz!
Êra boi... Êra boi...
Logo após o repecho distante
A pousada é refúgio, lá adiante,
Que a saudade atropela de atrás!

Que será que o compadre ponciano
Vem pensando no “coice” da tropa?
Imagino que o negro laureano
Vem no flanco contando lorota.
Os peões vêm guapeando nos bastos
Mas o gado já sente o mormaço,
É melhor “largá os bicho” no pasto
E, na sanga, abrandar o cansaço.

É no tranco da lerda boiada
Que o tropeiro rumina seus planos
De largar desse “ofício da estrada”
E arranchar-se no “povo” pra o ano.
É no largo assobio do campeiro
Que as tristezas se perdem, ao léu,
É em sonhos que viaja o tropeiro,
Sob a aba do vasto chapéu.

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