1. 1

    Rui Carlos Ávila - Voltando Os Olhos Pra Chuva

  2. 2

    Rui Carlos Ávila - Alma Costeira

  3. 3

    Rui Carlos Ávila - Frente aos Olhos da Paixão

  4. 4

    Rui Carlos Ávila - No Passo do Burro Morto

  5. 5

    Rui Carlos Ávila - Ponteiro de Tropa

  6. 6

    Rui Carlos Ávila - Sobre Uma Foto Amarelada

  7. 7

    Rui Carlos Ávila - A calma dos buenos

  8. 8

    Rui Carlos Ávila - A Morte do Andarilho

  9. 9

    Rui Carlos Ávila - Assombros

  10. 10

    Rui Carlos Ávila - Banhando

  11. 11

    Rui Carlos Ávila - Capataziando

  12. 12

    Rui Carlos Ávila - Com o Rio Grande na essência

  13. 13

    Rui Carlos Ávila - Das Faces da Cruz

  14. 14

    Rui Carlos Ávila - De Potro, Espora e Guitarra

  15. 15

    Rui Carlos Ávila - Décima Dos Rumbiadores (part. Xirú Antunes)

  16. 16

    Rui Carlos Ávila - Do lado de cá da porteira

  17. 17

    Rui Carlos Ávila - Gabriela

  18. 18

    Rui Carlos Ávila - Pausa Na Marcha

  19. 19

    Rui Carlos Ávila - Procedência

  20. 20

    Rui Carlos Ávila - Quem Traz No Olhar Uma Saudade

  21. 21

    Rui Carlos Ávila - Recado de um Domador

  22. 22

    Rui Carlos Ávila - Se O Amor Anda Distante

  23. 23

    Rui Carlos Ávila - Sobre um laço enrrodilhado

Voltando Os Olhos Pra Chuva

Rui Carlos Ávila

Meu mouro apura o trote
Num aguaceiro mateaço
Tendo a franja por sombreiro
E o olhar em cada casco

Pois muito pouco se vê
Depois que o mundo desaba
Mas o maidana de guerra
Sustenta o peso na aba

Tão logo adentro um galpão
Pro corpo cambiar de posto
Tiro os arreios do pingo
Encilho o mate a meu gosto

Deixo por conta do tempo
Lavar o lombo do mouro
E busco entender por que
A chuva fez paradouro

(Se a chuva desce do céu
E no sol quente regressa
Quem se arrisca a dizer
Onde é que a chuva começa?

Eu não sei onde ela nasce
Mas pelo verde dos campos
Até parece água benta
Benzendo este pago santo)

O poncho negro descansa
Alheio ao mundo lá fora
Aberto como quem voa
Chovendo feito quem chora

Enquanto a chuva ressoa
Junto à quincha do galpão
Contraponteando os acordes
Que acorda o meu violão

A chuva que cai no sul
Convida o pago a matear
Dá esperança a quem planta
E mata a sede do olhar

Por isso indago se a chuva
Que terra adentro se arrima
Será o mate dos campos
Cevado com as mãos divinas

(Se a chuva desce do céu
E no sol quente regressa
Quem se arrisca a dizer
Onde é que a chuva começa?

Eu não sei onde ela nasce
Mas pelo verde dos campos
Até parece água benta
Benzendo este pago santo)

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