- 1
A286 - Incógnito (part. J. Ariais)
- 2
A286 - Rap Legítimo
- 3
A286 - Lei da Semeadura
- 4
A286 - Mundo Mágico dos Anônimos
- 5
A286 - Ateu Que Deus Abençoou (part. Jota Ariais)
- 6
A286 - Lágrimas Nunca Serão Argumentos
- 7
A286 - Retaliando Falsos Ídolos
- 8
A286 - Entre a Cruz e a Espada
- 9
A286 - As Aparência e Suas Contradições
- 10
A286 - O Santo e o Pecado
- 11
A286 - Amuleto da Sorte
- 12
A286 - Descanse Em Paz
- 13
A286 - Morrendo Sozinho
- 14
A286 - Enquanto o Palhaço Só Chora
- 15
A286 - Juntando Os Restos
- 16
A286 - Melhor Mentor
- 17
A286 - Meu Maior Erro
- 18
A286 - O Escolhido
- 19
A286 - Só Os do Começo
- 20
A286 - Tá Tudo Bem
- 21
A286 - A Crônica do Nada
- 22
A286 - Enquanto Eu Existir (part. Smith e J. Ariais)
- 23
A286 - Filho do Dono
- 24
A286 - Insônia
- 25
A286 - Nóis Por Nóis
- 26
A286 - Progresso Pros Meus Iguais (part. Mano Ti)
- 27
A286 - A Outra Chance
- 28
A286 - Catarse (part. Laércio Allan, Naldo Vieira e Yasmin Manaresi)
- 29
A286 - Dor Que Não Tem Remédio
- 30
A286 - Foda-se Vira a Página
- 31
A286 - Me Ame Ou Odeie
- 32
A286 - Na Paz dos Cemitérios
- 33
A286 - Não Importa Quanto Tempo Faz
- 34
A286 - Novo Mundo
- 35
A286 - Pelo Os Que Meu Choro Enxugaram
- 36
A286 - Sobre a Falência Dos Ideais
- 37
A286 - Convalescença (part. J. Ariais)
- 38
A286 - Crises
- 39
A286 - Imune a Rejeição
- 40
A286 - Kalmia Latifolia
- 41
A286 - Próxima Vez Me Enterre Morto
- 42
A286 - Romanos 14:22
- 43
A286 - Seja Como For
- 44
A286 - Sorte
- 45
A286 - Trágica Filosofia Esotérica (part. Smith e J. Ariais)
- 46
A286 - A Razão e o Tempo
- 47
A286 - Além Dos Limites da Razão
- 48
A286 - Culpa
- 49
A286 - Deus Sabe o Que Fiz
- 50
A286 - Dono do Destino
- 51
A286 - Para Não Morrer Antes da Guerra
- 52
A286 - Pode Descansar em Paz (part. J. Ariais e Maurício DTS)
- 53
A286 - Porque Não Pensam
- 54
A286 - Qual o Preço do Sangue?
- 55
A286 - Sou Mais Você
- 56
A286 - Vida Que Segue
- 57
A286 - A Religião de Todos
- 58
A286 - Aciona as peças
- 59
A286 - Aprendendo a Desaprender
- 60
A286 - Enquanto Houver Motivo
- 61
A286 - Escala da Aflição
- 62
A286 - Não Quero Virar Memória
- 63
A286 - Noites de Bagdá
- 64
A286 - Nunca Seremos Vítima
- 65
A286 - O Crepúsculo da Existência
- 66
A286 - O Mundo Ou Nada
- 67
A286 - Para Todo Sempre Guerra
- 68
A286 - Por Cada Cicatriz (part. Cria da Quebra)
- 69
A286 - Real Rap
- 70
A286 - Recomeço
- 71
A286 - Refém do medo
- 72
A286 - Só Quem Convive Sabe
- 73
A286 - Terra dos Deuses
- 74
A286 - Todo Mundo Mente
- 75
A286 - A Comédia Dos Erros
- 76
A286 - A História Reescrita
- 77
A286 - A Vida e o Palco
- 78
A286 - Ainda Não Morremos Todos
- 79
A286 - All In (part. cassino zl)
- 80
A286 - Amor É Só Um Alibi
- 81
A286 - Antes Das Seis
- 82
A286 - Até Quando
- 83
A286 - Em Nome do Ódio ou do Amor
- 84
A286 - Enterrado Vivo
- 85
A286 - Fé
- 86
A286 - Involução
- 87
A286 - Mesma Tecla
- 88
A286 - Minha Filosofia
- 89
A286 - No Silêncio das Rosas
- 90
A286 - O Que Sonhamos Juntos
- 91
A286 - Pela Fé ou Pelo Medo
- 92
A286 - Prepara As Algemas
- 93
A286 - Preso Em Sentimento
- 94
A286 - Sem Negociação
- 95
A286 - Sem País Das Maravilhas
- 96
A286 - A Revolução Traída
- 97
A286 - Antes do enterro
- 98
A286 - Metamorfoses
- 99
A286 - Misericórdia
- 100
A286 - Morte Sem Lembrança
- 101
A286 - O Eterno Retorno Ao Grande Nada
- 102
A286 - O Mundo É Seu
- 103
A286 - Prazer e Negócios
- 104
A286 - Resto do Inferno
Kalmia Latifolia
A286
Definitivamente acabou
A esperança de um dia mudar
E voltar a ser como quando tudo começou
Quem vai entender meus motivo
O por quê guardei tudo pra mim
Como sustentaria meu filho
A maquiagem esconde e os cortes
Nem foi tão fundo assim
Pra quem vê de fora é fácil condenar
Era só separar
Sem o pai dos seus filhos, doentio e possessivo
Ameaçando te matar e se matar
Descrevendo seus passos, sua roupa
Seus atos em mensagem por celular
Cego, obcecado, fantasiando caso
Te perseguindo vigiando trabalhar
E você dividida
Refém, entre a paixão e o rancor
Uma vida de foragida ou resgatar a família
Que tanto sonhou e sempre amou
Pra quem vê de fora é fácil, eu sei
Também cansei de julgar
Na equívoca convicção
Só acontece com os outros
Sem nunca se pôr no lugar
Só acontece com os outros mesmo
Mas agora os outros é você
No deserto do lar sob chuva de soco
Sem sucesso tentando se proteger
Essa foi a última vez
Vou fugir e denuncio o covarde
Desde o primeiro murro que minto pra mim
Agora acabou de verdade
Até a cena de praxe das lágrimas
Convincente em suas declarações
Eu, como sempre vencida pelo presente
Uma rosa e um bilhete com mil perdões
Pra nem uma semana depois
Ver a metamorfose das frases
E as declarações vir em sequência
De bica, paulada e o afundamento da face
Me perdoa, mãe
Omiti pra te não ver chorar
Das mentiras às contradições
Só tiveram a intenção de te poupar
Não precisa esperar eu pra dormir
Descobri que o amor também mata
Hoje o Romeu não trouxe flor
E eu não volto pra casa
Da religião à cultura esportiva
Da educação à pornografia
A conduta não se justifica ao que aprende
Mas ao que ensina
O ambiente constrói hábitos
Que aparentam autorizar tal comportamento
Contribuindo com a ação abusiva
Que a alma traumatiza e causa sangramento
A não submissão à tortura, aos maus tratos
Da porta pra dentro
Ainda é um sonho não sonhado
A razão não tem gênero, mas em diversos lares
Da nossa sociedade evoluída
Ainda se preserva o único direito
Apanhar em silêncio
Com incontáveis hematomas no corpo
Impossibilitando trabalhar
Sem coragem de se olhar no espelho
Nem de denunciar
Sem desculpa dessa vez
A saída foi o total confinamento
Já que o olho roxo semana passada
Já foi a que escorregou lavando o banheiro
É o moderno romantismo medieval
Que só entende
Quem não entende o que te prende
À essa dependência sentimental
Se questionando incansavelmente
Porquê que tem que ser assim
E quanto mais se despreza
Mais sente falta e mais nojo sente de si
Estrelando a contraditória
Epopeia das pétalas esquecidas, que traz
Como protagonista do cuspe na cara
Ao mesmo que te proporcionou
Os melhores dias de vida
A expressão angelical
Sem aparente sinal vital
Descreve a eficiência da justiça
Com um projétil alojado na nuca
Trazendo na bolsa
A folha da medida protetiva
Avisa o oficial
Que já não há mais o que depor, na moral
Que nossas leis representam
Um avanço significativo
Só no campo conceitual
Que aqui os números assustam
A opinião pública
Mas não estimula a ação
Comprovando que o problema é cultural
Não de legislação
E a incógnita que desafia a psiquiatria
Continua sem resposta
Hoje não precisa esperar ela pra dormir
Só não esquece o caixão cor de rosa!