Sem nascer na Mouraria
Eu sou fadista de raça
E canto o fado à porfia
Sem que ele diga desgraça
A canção nasceu comigo
Pra meu castigo, não me deixou
Foi sina que Deus me deu
Crente ou ateu, o fado é tudo o que eu sou
Pego a guitarra e vou pra farra, para veres como é
Que o fado tem ralé dentro de mim
Num Corridinho, picadinho, estás a ver pra já
Que o fado é fado, ao pé cantado assim
Desde o dia em que surgiste
Na minha vida, vê bem
Deixei logo de ser triste
E passei a rir também
Esse teu jeito à antiga
Que tanto obriga a olhar para ti
Fará de mim a fadista
Mais realista das fadistas que há para aí